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09/05/2025
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min de leitura
CBDCBD

Respire melhor: Como a Cannabis Medicinal pode ajudar no controle da Asma

A asma é uma condição respiratória crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode comprometer significativamente a qualidade de vida quando não é tratada de maneira adequada.

Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a doença, a GINA (Global Initiative for Asthma) — organização fundada em 1993 como uma colaboração entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos Estados Unidos (NHLBI) — instituiu o Dia Mundial da Asma, celebrado anualmente na primeira terça-feira de maio. Em 2025, a data é comemorada no dia 6 de maio.

Mulher prestes a usar um inalador azul para controle da asma.
  • O Dia Mundial da Asma, celebrado na primeira terça de maio, busca ampliar o conhecimento sobre a doença, incentivar o diagnóstico precoce e promover o autocuidado.
  • A Asma é uma inflamação crônica dos brônquios que causa estreitamento das vias respiratórias, dificultando a respiração.
  • Os sintomas incluem tosse, chiado, opressão torácica e falta de ar, principalmente à noite. Pode ser alérgica, não alérgica, induzida por exercício, ocupacional, de início tardio, eosinofílica e severa.
  • Pesquisas apontam que o canabidiol (CBD) tem efeito anti-inflamatório e pode ajudar a reduzir sintomas e inflamações pulmonares, especialmente em casos de asma alérgica e resistente.

Mas afinal, qual é o objetivo da campanha?

A campanha do Dia Mundial da Asma surgiu diante da crescente preocupação com o aumento dos casos da doença em todo o mundo e da necessidade de promover estratégias mais eficazes para o seu controle. Seu principal objetivo é ampliar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, incentivar o tratamento adequado e fortalecer a educação dos pacientes para o autocuidado.

Com essas ações, a campanha busca não apenas melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a asma, mas também reduzir o impacto da doença em nível global.

Com a informação correta e medidas preventivas simples, é possível controlar a doença e proporcionar aos pacientes uma vida mais ativa e saudável.

Para entender melhor a importância dessas medidas, é fundamental conhecer o que é a asma e como ela afeta o organismo.

O que é a asma?

A asma é uma doença respiratória inflamatória crônica que afeta os brônquios — os canais que levam o ar até os pulmões. Em pessoas asmáticas, esses canais se estreitam e se inflamam, dificultando a passagem do ar e comprometendo a respiração.

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Durante uma crise asmática, os bronquíolos (pequenos canais que conduzem o ar dentro dos pulmões) produzem excesso de muco e sofrem contrações, conhecidas como broncoespasmos. Essa combinação de inflamação, contração e acúmulo de secreção torna ainda mais difícil a passagem do ar pelas vias aéreas.

Por isso, quem tem asma pode apresentar sintomas como tosse persistente (principalmente à noite), chiado no peito, sensação de cansaço, opressão torácica e falta de ar.

Como vimos, a asma compromete a respiração de diferentes maneiras. Isso acontece porque a doença pode se manifestar em diversos tipos, cada um com características específicas. A seguir, conheça os principais tipos de asma.

Quais são os tipos de asma?

A asma pode ser classificada de diversas maneiras, levando em conta sua causa (alérgica ou não alérgica), seu nível de gravidade (leve, moderada ou grave) e os fatores que desencadeiam as crises.

Conhecer essas diferenças é fundamental para um tratamento mais eficaz e personalizado.

1. Asma alérgica (ou atópica)

É o tipo mais comum de asma, associada a alergias a ácaros, pólen, mofo, pelos de animais, entre outros. Pessoas com asma alérgica frequentemente também apresentam outras condições alérgicas, como rinite ou dermatite atópica.

2. Asma não alérgica

Neste tipo, as crises não estão relacionadas a alergias. Fatores como infecções respiratórias, exposição a poluentes, mudanças bruscas de temperatura e estresse emocional costumam ser os principais gatilhos.

3. Asma induzida por exercício

Caracteriza-se pela dificuldade para respirar durante ou após a prática de atividades físicas, especialmente em ambientes frios e secos.

4. Asma ocupacional

Surge em decorrência da exposição a agentes irritantes no ambiente de trabalho, como poeira, produtos químicos ou fumaças. O diagnóstico precoce é essencial para evitar a progressão da doença.

5. Asma de início tardio

Manifesta-se na vida adulta, geralmente sem associação com alergias. Pode ser mais resistente aos tratamentos convencionais e exigir abordagens mais específicas.

6. Asma eosinofílica

A asma eosinofílica é uma variante da asma em que há uma inflamação persistente nas vias respiratórias, causada por níveis elevados de eosinófilos — células de defesa que, em excesso, provocam inflamação intensa.

Essa forma de asma pode ser mais difícil de controlar com tratamentos convencionais e, em alguns casos, exige o uso de medicamentos específicos, como os biológicos. Embora nem toda asma eosinofílica seja classificada como severa, ela tende a ser mais resistente e exige atenção especial.

7. Asma severa ou de difícil controle

A asma severa representa a forma mais grave da doença. Ela é caracterizada pela persistência dos sintomas mesmo com o uso correto e regular de medicamentos em doses altas.

Ela pode ter diferentes causas, incluindo a própria asma eosinofílica, mas também fatores como infecções frequentes, exposição contínua a alérgenos ou falha na resposta aos tratamentos. Muitas vezes, são necessárias terapias avançadas, como o uso de imunobiológicos, para o controle adequado dos sintomas.

Classificação da asma por gravidade

Além dos tipos, a asma também pode ser classificada conforme a intensidade dos sintomas e a resposta ao tratamento:

É importante lembrar que a asma pode variar bastante de uma pessoa para outra e, até mesmo, mudar ao longo do tempo. Por isso, o tratamento deve sempre ser individualizado, levando em conta as características de cada paciente para garantir mais qualidade de vida.

Agora que entendemos os diferentes tipos de asma e seus níveis de gravidade, é importante compreender o que acontece no organismo durante uma crise.

Afinal, por que é tão difícil soltar o ar dos pulmões quando a asma ataca?

Durante uma crise de asma, os bronquíolos — pequenos canais que conduzem o ar dentro dos pulmões — ficam inflamados, contraídos e cheios de muco. Essa combinação estreita a passagem do ar e dificulta a respiração.

Inspirar (puxar o ar para dentro) é um movimento mais ativo: o tórax se expande, a pressão interna dos pulmões diminui e o ar consegue entrar, mesmo com algum estreitamento das vias aéreas.

Já expirar (soltar o ar) é um movimento mais passivo: o pulmão precisa "esvaziar" o ar usando apenas a elasticidade natural dos tecidos. Com os bronquíolos inflamados e obstruídos, essa saída de ar fica prejudicada. Parte do ar "velho" acaba ficando retida nos pulmões, provocando a sensação de sufocamento, chiado e cansaço.

Essa dificuldade em eliminar completamente o ar é o que dá a sensação de "fôlego preso" típica das crises de asma.

Mas os impactos da doença vão além das crises respiratórias. A asma também pode limitar a rotina e a qualidade de vida de diferentes maneiras. Entenda a seguir.

Como a asma pode limitar a rotina e a qualidade de vida

Conviver com a asma vai muito além das crises de falta de ar. A doença impõe uma série de desafios físicos, emocionais e sociais que impactam o dia a dia dos pacientes de maneiras diversas.

1.Limitação nas atividades físicas

Exercícios intensos, como correr, nadar ou praticar esportes de alta intensidade, podem desencadear crises de falta de ar. Isso obriga muitas pessoas a interromper ou reduzir suas atividades físicas, o que pode comprometer a qualidade de vida e o bem-estar geral.

2.Prejuízo na qualidade do sonoA tosse e a falta de ar costumam se intensificar durante a noite, prejudicando o sono. O cansaço resultante afeta o desempenho nas tarefas diárias, a concentração e até o humor.

3.Impacto emocional e social

O medo constante de sofrer uma crise — especialmente à noite ou em ambientes públicos — pode gerar ansiedade, insegurança e distúrbios do sono. Em casos mais graves, a imprevisibilidade das crises leva ao isolamento social, pois muitos evitam lugares ou atividades consideradas de risco.

3.Maior vulnerabilidade a infecções respiratórias

Pessoas com asma têm maior propensão a desenvolver gripes, resfriados e infecções pulmonares de forma mais intensa e frequente, o que pode agravar ainda mais os sintomas respiratórios e aumentar o número de internações.

Diante de tantos impactos, entender o que provoca a asma é essencial para prevenir crises e melhorar o controle da doença.

Quais são as causas da asma?

A asma não tem uma causa única identificada. Ela surge, na maioria das vezes, a partir de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Ou seja, pessoas com predisposição genética podem desenvolver a doença ao entrarem em contato com determinados agentes ambientais, como poeira, ácaros, fumaça, mofo ou infecções respiratórias.

Essa interação é o que desencadeia ou agrava os sintomas da asma ao longo da vida.

Embora as causas sejam complexas, a boa notícia é que, com os cuidados certos, a doença pode ser controlada e a qualidade de vida dos pacientes pode melhorar significativamente.

A doença pode ser controlada?

Sim, a asma pode ser controlada! Embora ainda não tenha cura definitiva, é possível manter a doença sob controle com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.

O tratamento adequado permite que a maioria dos pacientes leve uma vida normal, com poucos ou nenhum sintoma. Para isso, é fundamental:

Com essas medidas, é possível reduzir a frequência e a intensidade das crises, melhorar a capacidade respiratória e garantir mais qualidade de vida.

Como é feito o tratamento da asma?

O tratamento da asma é baseado em três pilares principais: controle do ambiente, uso de medicamentos e, em alguns casos, imunoterapia (vacinas para alergia).

Com todas essas possibilidades de tratamento, surge uma dúvida importante: onde buscar esse atendimento de forma acessível?

Mas como ter acesso a esse tratamento?

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte gratuito para o diagnóstico, o acompanhamento e o fornecimento de medicamentos para o controle da asma.

Além do acesso ao tratamento, é importante conhecer como a asma é classificada nos sistemas de saúde e registros médicos. Essa identificação facilita o diagnóstico, o acompanhamento e a organização das políticas públicas de saúde.

O que a medicina tem descoberto de novo para ajudar no controle da asma?

Além dos tratamentos tradicionais oferecidos pelo SUS e amplamente utilizados na prática clínica, estudos recentes têm investigado o uso de terapias complementares e alternativas para o controle da asma — especialmente em casos mais resistentes ou em pacientes que buscam novas estratégias para melhorar a qualidade de vida.

Uma dessas abordagens é o uso da cannabis medicinal, que vem ganhando destaque devido ao potencial terapêutico de seus compostos ativos em doenças inflamatórias, como a asma.

O potencial da cannabis medicinal no controle da asma

Efeito anti-inflamatório do CBDO canabidiol (CBD), um dos principais fitocanabinoides presentes na cannabis, tem se destacado por suas propriedades anti-inflamatórias, atualmente investigadas em diversas doenças respiratórias.

Como a asma é uma condição inflamatória crônica das vias aéreas, pesquisadores têm explorado o potencial do CBD na modulação dessa inflamação. Estudos indicam que o composto pode contribuir para a redução da produção de mediadores inflamatórios responsáveis pelo estreitamento dos brônquios — processo que desencadeia sintomas como chiado no peito, tosse persistente e dificuldade para respirar.

Essa ação sugere que o CBD possa se tornar um aliado promissor no controle dos sintomas da asma, sobretudo em casos nos quais os tratamentos convencionais apresentam limitações ou efeitos colaterais indesejados.

O que dizem os estudos sobre o uso do CBD na asma?

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros, intitulado "Cannabidiol reduces airway inflammation and fibrosis in experimental allergic asthma" (European Journal of Pharmacology, 2019), investigou os efeitos do canabidiol (CBD) em modelos experimentais de asma alérgica. Nessa pesquisa, camundongos foram expostos à ovalbumina para induzir sintomas semelhantes aos da asma alérgica em humanos.

Os resultados foram promissores: o tratamento com canabidiol conseguiu reduzir significativamente a inflamação nas vias aéreas, além de diminuir a fibrose pulmonar, uma complicação comum em casos graves e crônicos da doença. Também houve uma redução na hiperresponsividade das vias aéreas, que é quando os pulmões respondem de maneira exagerada a estímulos externos.

Além disso, os pesquisadores identificaram uma queda expressiva nos níveis de substâncias inflamatórias específicas, como IL-4, IL-5, IL-13, IL-6 e TNF-α, bem como na quantidade de fibras de colágeno nas estruturas pulmonares. Esses resultados sugerem que o CBD pode agir diretamente sobre os mecanismos que agravam a asma.

Esses achados são um importante passo para futuras pesquisas clínicas, destacando o potencial do CBD como alternativa terapêutica no controle da asma e outras doenças respiratórias inflamatórias.

Como prevenir as crises de asma?

A prevenção das crises de asma passa pelo controle dos fatores que provocam ou pioram os sintomas. Conheça algumas medidas simples e importantes para evitar as crises e melhorar sua qualidade de vida:

Essas medidas são essenciais para conviver bem com a asma, mantendo-a controlada e garantindo mais conforto no seu dia a dia.

Considerações finais

Conviver com a asma não precisa significar uma vida de limitações. Com conhecimento, cuidados adequados e tratamento correto, é possível controlar os sintomas, prevenir crises e desfrutar de uma rotina ativa e saudável. A conscientização, especialmente em datas como o Dia Mundial da Asma, reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e das novas alternativas terapêuticas, como o uso do CBD.

Se você ou alguém próximo sofre com asma, lembre-se de que a informação é uma grande aliada. Ao entender melhor a doença, você fica preparado para enfrentar os desafios e adotar estratégias eficazes para respirar melhor e viver com mais qualidade. Não hesite em procurar orientação médica especializada: seu bem-estar respiratório depende de cuidados diários, escolhas conscientes e acompanhamento constante. Afinal, respirar melhor é viver melhor.

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Click Cannabis: Dúvidas frequentes

O que é asma e quais são seus principais sintomas?

Mais

A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta os brônquios, dificultando a passagem de ar para os pulmões. Os principais sintomas incluem tosse persistente (especialmente à noite), chiado no peito, falta de ar, opressão torácica e sensação de cansaço.

Quais são os tipos de asma?

Mais

A asma pode ser classificada como alérgica, não alérgica, induzida por exercício, ocupacional, de início tardio, eosinofílica e severa. Cada tipo tem causas e características específicas, exigindo abordagens personalizadas de tratamento.

A asma tem cura?

Mais

Não. A asma ainda não tem cura definitiva, mas pode ser controlada com acompanhamento médico, uso correto de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Muitos pacientes conseguem viver sem sintomas frequentes.

Como prevenir crises de asma?

Mais

Para prevenir crises de asma, é essencial evitar alérgenos e irritantes como poeira, mofo, pelos de animais e fumaça. Manter a casa limpa, seguir o tratamento corretamente e praticar exercícios físicos com orientação médica também são medidas importantes.

O que é cannabis medicinal e como ela pode ajudar na asma?

Mais

A cannabis medicinal utiliza compostos da planta Cannabis sativa, especialmente o canabidiol (CBD), para fins terapêuticos. No caso da asma, estudos sugerem que o CBD possui propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação das vias aéreas e melhorar os sintomas respiratórios.

Existe comprovação científica do uso de CBD para asma?

Mais

Sim. Um estudo brasileiro de 2019 mostrou que o CBD reduziu inflamação e fibrose pulmonar em modelos animais com asma alérgica. Também houve queda nos níveis de substâncias inflamatórias, o que indica potencial terapêutico em humanos, embora mais pesquisas clínicas sejam necessárias.

O CBD pode substituir os medicamentos tradicionais para asma?

Mais

Não é recomendado substituir os tratamentos tradicionais sem orientação médica. O CBD pode ser considerado como terapia complementar, especialmente em casos resistentes, sempre com supervisão de um profissional da saúde.

Como é feito o tratamento convencional da asma?

Mais

O tratamento inclui o uso de broncodilatadores para alívio imediato e corticosteroides inalatórios para controle contínuo. Também pode envolver imunoterapia e controle ambiental para reduzir a exposição a gatilhos.

O SUS oferece tratamento gratuito para asma?

Mais

Sim. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece diagnóstico, acompanhamento médico e medicamentos gratuitos para o controle da asma no Brasil.

Quem pode prescrever cannabis medicinal para asma?

Mais

A prescrição de cannabis medicinal deve ser feita por um médico prescritor, com base na avaliação clínica do paciente. No Brasil, o uso é regulamentado pela Anvisa e exige receita médica e compra em farmácias autorizadas ou importação com autorização.

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