- Maio Roxo é uma campanha de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), com destaque para o dia 19 de maio, reconhecido mundialmente.
- As DIIs incluem principalmente a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, caracterizadas por inflamações crônicas no trato gastrointestinal. Afetam geralmente jovens entre 14 e 30 anos, mas também podem surgir após os 50.
- As causas envolvem fatores genéticos, imunológicos e ambientais, com predisposição familiar significativa.
- O canabidiol (CBD) tem se destacado como terapia complementar, ajudando a reduzir inflamação, aliviar sintomas e melhorar o bem-estar emocional.
Qual o objetivo da campanha Maio Roxo?
No Brasil, o Maio Roxo tornou-se uma campanha nacional com o propósito de:
- Ampliar o conhecimento da população sobre as DIIs;
- Combater o estigma social em torno dos pacientes;
- Estimular o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
Ao longo do mês, instituições de saúde promovem palestras, caminhadas, eventos virtuais e ações simbólicas — como a iluminação de monumentos com luz roxa — em apoio à causa.
O que são as doenças inflamatórias intestinais?
As DIIs são doenças crônicas marcadas por inflamação persistente no trato gastrointestinal, com causas ainda não totalmente compreendidas. Fatores genéticos, imunológicos e ambientais estão entre os principais envolvidos. Há indícios de que, em pessoas geneticamente predispostas, bactérias intestinais comuns possam desencadear uma resposta imune inadequada.
Estudos mostram maior prevalência em pessoas de origem norte-europeia e em indivíduos da comunidade judaica asquenaze. A chance de desenvolver DII é até 20 vezes maior em parentes de primeiro grau de pacientes diagnosticados, especialmente no caso da Doença de Crohn.
Tipos principais:
- Doença de Crohn: pode atingir qualquer parte do sistema digestivo, da boca ao ânus, com inflamações profundas que afetam todas as camadas da parede intestinal.
- Retocolite Ulcerativa: afeta o intestino grosso (cólon) e o reto, causando inflamações contínuas, porém mais superficiais.
Quais são os sintomas mais comuns da Doença de Crohn e da Retocolite Ulcerativa?
Os sintomas variam de acordo com o tipo de DII e a região afetada, mas entre os mais frequentes estão:
- Diarreia persistente, com ou sem sangue
- Dores abdominais intensas e recorrentes
- Perda de peso e fadiga constante
- Febre e manifestações fora do intestino (olhos, articulações, pele)
- Urgência para evacuar
Em muitos casos, a inflamação prolongada leva à desnutrição, compromete a qualidade de vida e aumenta o risco de câncer intestinal.
Como as DIIs impactam a vida dos pacientes?
Conviver com uma DII vai além dos sintomas físicos. Os pacientes frequentemente enfrentam:
- Preconceito e falta de compreensão por parte da sociedade;
- Dificuldades para trabalhar ou estudar, devido à imprevisibilidade das crises;
- Transtornos emocionais, como ansiedade e depressão;
- Necessidade de cirurgias ou internações em casos graves.
Quais são os tratamentos para Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs)?
Embora ainda não exista uma cura definitiva para as DIIs, existem tratamentos eficazes que ajudam a controlar os sintomas, reduzir a inflamação e melhorar a qualidade de vida.
Os medicamentos mais comuns incluem:
- Anti-inflamatórios intestinais (como os aminossalicilatos): ajudam a reduzir a inflamação no intestino.
- Corticosteroides: usados para controlar crises mais intensas de inflamação.
- Imunomoduladores: regulam o sistema imunológico para evitar ataques ao próprio intestino.
- Terapias biológicas: medicamentos mais modernos que agem diretamente nas moléculas envolvidas na inflamação.
- Antibióticos e pequenas moléculas: podem ser usados em alguns casos para combater infecções ou controlar a doença de forma mais específica.
Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária — por exemplo, para remover partes do intestino muito danificadas ou tratar complicações como obstruções.
O tratamento deve ser sempre individualizado e acompanhado por um médico gastroenterologista, que indicará a melhor combinação de medicamentos e abordagens para cada paciente.
A importância da saúde emocional e da alimentação nas DIIs
Além da medicação, muitos pacientes buscam ajustes na alimentação e técnicas de controle do estresse. Apesar da popularidade de certas dietas, como as restritivas de carboidratos, ainda faltam evidências científicas robustas que comprovem sua eficácia no tratamento da DII.
Por outro lado, práticas de equilíbrio emocional, como meditação, psicoterapia e exercícios de respiração, ajudam a lidar com os impactos psicológicos da doença, promovendo bem-estar e adesão ao tratamento.
Diante dessas buscas por alternativas que vão além da medicação tradicional — incluindo mudanças na alimentação e estratégias para o bem-estar emocional — surge o interesse por terapias complementares. Entre elas, o canabidiol (CBD) tem se destacado por seu potencial em aliviar sintomas físicos e emocionais nas DIIs.
Como o CBD pode ajudar quem convive com Doença de Crohn e Retocolite
O canabidiol (CBD), composto não psicoativo da planta Cannabis sativa, tem ganhado destaque como terapia complementar no tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.
Embora ainda sejam necessários estudos clínicos de grande escala, evidências preliminares e relatos de pacientes indicam que o CBD pode contribuir para:
- Reduzir inflamações intestinais, modulando a resposta imunológica;
- Aliviar dores abdominais e sintomas gastrointestinais;
- Melhorar o apetite e reduzir náuseas;
- Contribuir para o equilíbrio emocional, combatendo sintomas de ansiedade e depressão.
Como o CBD age no organismo?
O canabidiol (CBD) atua principalmente por meio do sistema endocanabinoide (SEC) — um conjunto de receptores e moléculas sinalizadoras presente em todo o corpo humano, incluindo o cérebro, o sistema digestivo, o sistema imunológico e a pele.
Esse sistema é responsável por regular funções essenciais, como:
- Dor
- Inflamação
- Humor
- Sono
- Apetite
- Imunidade
- Estresse e ansiedade
O CBD não se liga diretamente aos receptores CB1 (localizados no sistema nervoso central) nem aos CB2 (presentes no sistema imunológico e no trato gastrointestinal), mas modula indiretamente sua atividade. Essa atuação contribui para o equilíbrio do sistema endocanabinoide, promovendo efeitos terapêuticos sem provocar alterações psicoativas, como ocorre com o THC.
Além disso, o canabidiol reduz a produção de substâncias inflamatórias e regula a resposta imunológica, o que o torna especialmente útil em casos de doenças inflamatórias, autoimunes e neurodegenerativas.
O CBD também interage com outros receptores relevantes no organismo, como:
- 5-HT1A (serotonina) – envolvido na regulação da ansiedade, dor e humor;
- TRPV1 (receptor da dor) – participa do controle da dor e da temperatura corporal;
- GPR55 – relacionado ao controle da inflamação e da pressão arterial.
Considerações finais
As Doenças Inflamatórias Intestinais exigem cuidado contínuo, informação de qualidade e abordagem multidisciplinar. O Maio Roxo reforça a importância da conscientização e do acolhimento a quem convive com essas condições.
O canabidiol (CBD) surge como uma terapia complementar promissora, com potencial para aliviar sintomas, reduzir inflamações e contribuir para o bem-estar físico e emocional dos pacientes.
Embora os estudos ainda estejam em andamento, o uso do CBD deve sempre ser feito com acompanhamento médico e dentro da regulamentação vigente.
Informar, tratar e acolher são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta as DIIs.

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O que é o Maio Roxo?
Maio Roxo é uma campanha de conscientização dedicada às Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. O objetivo é informar a população, combater o estigma social e incentivar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. A cor roxa simboliza apoio à causa, com o dia 19 de maio sendo o Dia Mundial da DII.
O que são as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs)?
As DIIs são doenças crônicas caracterizadas por inflamação no trato gastrointestinal. As mais comuns são a Doença de Crohn, que pode atingir todo o sistema digestivo, e a Retocolite Ulcerativa, que afeta o intestino grosso e o reto. As causas não são totalmente conhecidas, mas envolvem predisposição genética, alterações imunológicas e fatores ambientais.
Quem pode desenvolver Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa?
As DIIs podem surgir em qualquer idade, mas são mais comuns entre os 14 e 30 anos. Também podem se manifestar mais tarde, entre 50 e 70 anos. Pessoas com histórico familiar e de origem europeia ou judaica asquenaze têm maior risco.
As DIIs têm cura?
Não, as Doenças Inflamatórias Intestinais ainda não têm cura definitiva, mas existem diversos tratamentos eficazes que ajudam a controlar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida do paciente.
Como o emocional e a alimentação influenciam nas DIIs?
Aspectos emocionais, como ansiedade e estresse, podem piorar os sintomas das DIIs. Práticas como psicoterapia, meditação e técnicas de respiração são recomendadas. Quanto à alimentação, apesar de muitas dietas circularem entre pacientes, não há consenso científico sobre uma dieta ideal — o acompanhamento nutricional é essencial.
O que é o canabidiol (CBD) e como ele pode ajudar nas DIIs?
O CBD é um composto não psicoativo da planta Cannabis sativa. Estudos preliminares indicam que ele pode ajudar a reduzir inflamações, aliviar dores, melhorar o apetite e contribuir para o equilíbrio emocional de pacientes com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. Seu uso deve ser orientado por um médico.
O uso de CBD para tratar DIIs é seguro?
Embora promissor, o uso do canabidiol ainda está em estudo e não substitui os tratamentos convencionais. Ele deve ser utilizado apenas com orientação médica e dentro das normas legais.