- Estima-se que mais de 130 milhões de pessoas viverão com Alzheimer até 2050, segundo diversas fontes como a OMS e a ADI.
- O envelhecimento acelera processos como inflamação cerebral, estresse oxidativo e morte neuronal, aumentando a vulnerabilidade a doenças neurológicas.
- Estudos apontam que o CBD pode proteger neurônios e retardar a progressão de doenças neurodegenerativas.
- O CBD atua modulando o sistema endocanabinoide, que regula funções essenciais do organismo e respostas inflamatórias.
Por que o Alzheimer é uma preocupação crescente?
O crescimento dos casos de doenças neurodegenerativas como Alzheimer não é uma percepção isolada — é um fenômeno global, amplamente documentado por instituições de saúde. À medida que a expectativa de vida aumenta, cresce também o número de pessoas expostas a processos degenerativos do sistema nervoso.
Veja algumas projeções que ilustram essa realidade:
- Alzheimer’s Disease International (ADI): Em 2015, estimava-se que mais de 46 milhões de pessoas viviam com demência em todo o mundo. Esse número está projetado para aumentar para 131,5 milhões até 2050.
- Organização Mundial da Saúde (OMS): Em 2021, a OMS estimou que mais de 55 milhões de pessoas viviam com demência globalmente, com projeções indicando um aumento para 78 milhões até 2030 e 139 milhões até 2050.
- Estudo publicado na revista The Lancet Public Health: Pesquisadores estimaram que o número de pessoas com demência aumentará de 57,4 milhões em 2019 para 152,8 milhões em 2050.
Esses dados reforçam a urgência na busca por abordagens terapêuticas que ajudem a proteger os neurônios e retardar a progressão dessas doenças — papel em que o canabidiol (CBD) tem se mostrado cada vez mais promissor.
O que é neuroproteção?
É o conjunto de mecanismos e estratégias que visam preservar a estrutura e a função dos neurônios diante de agressões que podem levar à sua degeneração ou morte. Essas agressões incluem inflamações crônicas, estresse oxidativo, toxinas, traumas, isquemias (falta de oxigênio) e acúmulo de proteínas anormais, como ocorre em doenças como Alzheimer e Parkinson.
O objetivo da neuroproteção é evitar ou retardar o avanço de danos no sistema nervoso, mantendo a integridade das células cerebrais e sua capacidade de se comunicar de forma eficiente. Esse conceito é central em diversas áreas da neurociência, pois está diretamente relacionado à prevenção e ao tratamento de doenças neurodegenerativas.
Estratégias neuroprotetoras podem incluir:
- Substâncias antioxidantes que combatem os radicais livres;
- Anti-inflamatórios que reduzem a neuroinflamação;
- Compostos que regulam a liberação de neurotransmissores;
- Moléculas, como o CBD, que atuam equilibrando o sistema endocanabinoide e modulando a resposta imunológica e inflamatória no cérebro.
Em resumo, a neuroproteção é uma linha de defesa para manter o cérebro saudável e funcional diante de ameaças que, com o tempo, poderiam comprometer a memória, o raciocínio, os movimentos e outras funções cognitivas e motoras.
Entre os fatores que mais comprometem a integridade dos neurônios e aceleram o avanço de doenças neurológicas, a neuroinflamação ocupa um papel central.
Vamos entender melhor esse processo?
O que é neuroinflamação?
É uma resposta inflamatória que acontece dentro do sistema nervoso central Ela é um mecanismo de defesa do organismo, ativado quando há alguma agressão, como infecções, traumas, toxinas ou até acúmulo de proteínas anormais, como ocorre no Alzheimer.
Embora a inflamação, em si, seja uma forma natural de proteger o corpo, quando ela se torna crônica ou exagerada no cérebro, pode causar mais danos do que benefícios. Isso porque as células que deveriam proteger os neurônios acabam liberando substâncias inflamatórias em excesso, prejudicando o funcionamento cerebral.
A neuroinflamação está por trás de várias doenças neurológicas e psiquiátricas, como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, epilepsia e até depressão.
Por isso, reduzir esse processo inflamatório é um dos principais focos de pesquisas, e o CBD tem se mostrado promissor justamente por sua capacidade de modular essa resposta e proteger os neurônios.
Como o CBD atua no sistema nervoso?
O CBD age principalmente por meio do sistema endocanabinoide — uma rede de receptores presente em todo o corpo, especialmente no cérebro — que funciona como um regulador interno do organismo. Esse sistema é responsável por manter o equilíbrio de funções essenciais, como humor, sono, apetite, memória, dor e resposta imunológica.

Quando ocorre algum desequilíbrio, como inflamações no cérebro ou aumento do estresse oxidativo (excesso de radicais livres), o sistema endocanabinoide tenta restaurar a estabilidade. Nesse processo, o CBD entra em cena: ele modula o funcionamento do sistema endocanabinoide, fortalecendo sua capacidade de proteger o cérebro e manter o equilíbrio neurológico.
Com essa ação, o CBD contribui para reduzir inflamações e combater o estresse oxidativo — dois fatores que aceleram a degeneração dos neurônios em doenças como Alzheimer e Parkinson.
De que forma o CBD combate a neuroinflamação?
O CBD atua como um modulador da resposta inflamatória no sistema nervoso central. Diversos estudos indicam que ele é capaz de inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias — substâncias que, em excesso, desencadeiam uma ativação descontrolada das células imunológicas do cérebro, como a microglia.
Ao reduzir essa hiperatividade, o CBD ajuda a proteger os neurônios contra danos, desacelera o avanço de processos neurodegenerativos e favorece um ambiente cerebral mais estável. Isso contribui não apenas para a preservação das funções cognitivas, mas também para o estímulo à neuroplasticidade e à recuperação neuronal.
Além da neuroinflamação, outro processo que desempenha um papel central na degeneração dos neurônios é o estresse oxidativo. Assim como a inflamação crônica, ele pode comprometer gravemente a saúde cerebral — e também pode ser modulado pelo CBD.
Vamos entender o que é esse fenômeno?
O que é estresse oxidativo ?
O estresse oxidativo ocorre quando o organismo produz uma quantidade excessiva de radicais livres — moléculas instáveis que, em grandes concentrações, danificam as células. Esse desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de neutralizá-los com antioxidantes naturais compromete a saúde celular, inclusive no cérebro.
Quando esse processo se prolonga, ele contribui para o envelhecimento precoce das células nervosas e está associado ao desenvolvimento de diversas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Como o CBD pode ajudar?
O canabidiol (CBD) se destaca por suas propriedades antioxidantes. Ele auxilia na neutralização dos radicais livres, impedindo que essas moléculas causem danos significativos às células cerebrais. Com essa ação, o CBD funciona como um verdadeiro "escudo celular", protegendo os neurônios da degeneração precoce.
Além disso, ao reduzir o acúmulo de substâncias tóxicas no cérebro, o CBD contribui para um ambiente neural mais estável e saudável — o que pode retardar o avanço de doenças neurológicas e preservar funções cognitivas por mais tempo.
Para quais doenças o CBD é indicado como tratamento complementar?
O canabidiol (CBD) tem se destacado como uma alternativa promissora no tratamento complementar de diversas doenças neurológicas. Ele não substitui os tratamentos convencionais, mas pode atuar como um aliado no controle de sintomas e na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Entre as condições com evidências mais consistentes sobre os benefícios do CBD, destacam-se:
- Doença de Alzheimer – auxilia na redução da inflamação cerebral, do estresse oxidativo e da perda de memória;
- Doença de Parkinson – contribui para o alívio de tremores, rigidez muscular e sintomas de ansiedade;
- Esclerose múltipla – ajuda a controlar espasmos musculares, fadiga e dor crônica;
- Epilepsias de difícil controle – como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut, nas quais o CBD já demonstrou eficácia significativa na redução da frequência e intensidade das crises.
Além de auxiliar no controle de sintomas e na proteção contra a degeneração, o CBD tem despertado interesse científico por um efeito ainda mais surpreendente: sua capacidade de estimular a formação de novos neurônios.
Esse potencial regenerativo amplia ainda mais o valor terapêutico do canabidiol no contexto das doenças neurológicas.
O CBD pode estimular a criação de novos neurônios?
Sim. Além de proteger os neurônios já existentes, o CBD também pode estimular a formação de novas células nervosas — um processo conhecido como neurogênese. Esse fenômeno ocorre principalmente no hipocampo, região do cérebro essencial para funções como memória, aprendizado e equilíbrio emocional.
Estudos realizados com modelos animais indicam que o CBD pode aumentar a expressão de genes ligados à função mitocondrial, à plasticidade sináptica e à organização cromatínica no hipocampo, o que sugere um potencial neurogênico¹. Outra revisão científica apontou que o consumo precoce de canabinoides pode favorecer a neurogênese adulta e impactar positivamente o comportamento².
Esse efeito é especialmente importante em doenças neurológicas, nas quais há perda contínua de células nervosas. Com isso, o CBD não apenas oferece neuroproteção, mas também contribui para a regeneração cerebral, o que pode ajudar a preservar funções cognitivas e retardar a progressão de doenças degenerativas.
O CBD pode ser usado sem acompanhamento médico?
Não. Mesmo sendo uma substância de origem natural, o CBD não deve ser usado sem orientação médica. Isso porque ele pode interagir com outros medicamentos, alterar a forma como o corpo os metaboliza e, em alguns casos, causar efeitos adversos.
Além disso, a dose ideal varia de pessoa para pessoa, dependendo da condição tratada, do histórico de saúde e dos remédios que o paciente já usa. Por isso, o acompanhamento profissional é essencial para garantir que o tratamento com CBD seja seguro, eficaz e personalizado.
Considerações finais
O canabidiol (CBD) tem emergido como um promissor aliado no cuidado com a saúde cerebral, especialmente diante dos desafios impostos pelas doenças neurológicas degenerativas. Seus efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e reguladores da excitotoxicidade conferem ao composto um importante papel na proteção e preservação dos neurônios — elementos essenciais para o bom funcionamento do sistema nervoso.
Além de contribuir para o retardo da progressão de doenças como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e epilepsias, o CBD apresenta potencial na estimulação da neurogênese, favorecendo não apenas a proteção, mas também a regeneração neural.
Essa capacidade de atuar em diferentes frentes — reduzindo inflamação, combatendo o estresse oxidativo e regulando neurotransmissores — torna o canabidiol um recurso terapêutico multifuncional e altamente relevante na neurologia contemporânea.
À medida que novas pesquisas se consolidam, o CBD se apresenta não apenas como uma esperança, mas como uma ferramenta real e segura no cuidado integral do cérebro — com potencial de transformar a forma como abordamos a prevenção, o controle e a qualidade de vida em doenças neurológicas complexas.



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O que é o canabidiol (CBD) e qual seu papel na neuroproteção?
O canabidiol (CBD) é um composto da planta Cannabis sativa que atua como neuroprotetor. Ele ajuda a proteger e preservar os neurônios, reduzindo inflamações, combatendo o estresse oxidativo e modulando neurotransmissores. Essa ação contribui para o equilíbrio do sistema nervoso e para o retardo de doenças neurológicas degenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Por que o Alzheimer está aumentando e como o CBD pode ajudar?
O Alzheimer está crescendo devido ao envelhecimento populacional e a processos como inflamação cerebral e estresse oxidativo. O CBD ajuda a proteger o cérebro, reduzindo inflamações e neutralizando radicais livres, fatores que aceleram a morte neuronal e o avanço da doença.
Como o CBD combate a neuroinflamação?
O CBD modula o sistema endocanabinoide e inibe a produção de citocinas pró-inflamatórias. Isso reduz a ativação descontrolada das células imunológicas cerebrais, como a microglia, protegendo os neurônios e retardando a progressão de doenças neurodegenerativas.
O que é o estresse oxidativo e como o CBD atua contra ele?
O estresse oxidativo ocorre quando há excesso de radicais livres que danificam as células. O CBD tem propriedades antioxidantes que neutralizam esses radicais livres, prevenindo danos às células cerebrais e reduzindo o risco de doenças como Alzheimer e Parkinson.
O CBD estimula a criação de novos neurônios?
Sim. Estudos indicam que o CBD pode estimular a neurogênese, principalmente no hipocampo — região ligada à memória e aprendizado. Essa capacidade regenerativa contribui para a recuperação de funções cognitivas em doenças neurológicas.
O CBD pode ser usado sem orientação médica?
Não. Apesar de ser natural, o CBD pode interagir com outros medicamentos e causar efeitos adversos. O uso deve ser feito sob acompanhamento médico para garantir segurança, eficácia e a dose ideal para cada pessoa.
Qual a importância do CBD na prevenção de doenças neurodegenerativas?
O CBD é uma ferramenta promissora para proteger e regenerar os neurônios, retardando doenças como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla. Seus efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e reguladores do sistema endocanabinoide tornam-no uma estratégia relevante na neurologia e no cuidado integral do cérebro.