- Charlotte Figi nasceu com síndrome de Dravet, uma rara e grave forma de epilepsia, sofrendo centenas de convulsões semanais desde bebê.
- Seus pais descobriram que o CBD (canabidiol) da cannabis medicinal reduziu drasticamente suas convulsões, passando de centenas para pouquíssimas por mês.
- Sua história catalisou pesquisas científicas sobre canabinoides, abrindo novos horizontes para tratamentos médicos alternativos.
- Infelizmente, Charlotte faleceu em 2020, mas seu legado continua inspirando pesquisadores e famílias no mundo todo.
Charlotte Figi nasceu em 18 de outubro de 2006 no Colorado, Estados Unidos, aparentemente saudável e sem qualquer indicação dos desafios médicos que enfrentaria. Aos três meses de idade, começaram a surgir os primeiros sinais de uma condição neurológica devastadora: a síndrome de Dravet, uma forma rara e extremamente grave de epilepsia.
Esta síndrome genética caracteriza-se por convulsões frequentes e intensas que podem começar já nos primeiros meses de vida. No caso de Charlotte, as convulsões eram tão severas e frequentes que sua qualidade de vida estava completamente comprometida. Nos períodos mais críticos, ela podia sofrer centenas de convulsões por semana, um número que literalmente ameaçava sua sobrevivência.
Os tratamentos tradicionais mostravam-se praticamente ineficazes. Múltiplos medicamentos anticonvulsivantes eram administrados, cada qual com efeitos colaterais significativos. A família de Charlotte vivenciava um calvário médico constante, vendo sua filha passar por procedimentos invasivos e medicações que não conseguiam controlar efetivamente os sintomas.
A descoberta da cannabis medicinal como esperança terapêutica
Quando todas as alternativas médicas tradicionais pareciam ter se esgotado, os pais de Charlotte começaram a pesquisar alternativas não convencionais. Foi então que descobriram os potenciais benefícios de um composto específico da cannabis: o canabidiol (CBD).
O CBD, diferentemente do THC, não possui propriedades psicoativas e seu potencial terapêutico, especialmente no tratamento de epilepsias refratárias, começava a chamar a atenção de pesquisadores e médicos.
Matt e Paige Figi, pais de Charlotte, decidiram então experimentar uma versão de cannabis com alto teor de CBD e baixíssimo teor de THC. Os resultados foram absolutamente surpreendentes. Após o primeiro tratamento, as convulsões de Charlotte reduziram drasticamente de centenas por semana para apenas algumas por mês.
A história de Charlotte rapidamente se espalhou, tornando-se um caso emblemático que desafiava os paradigmas tradicionais sobre a cannabis. Sua narrativa ajudou a desconstruir estigmas e preconceitos, demonstrando cientificamente que determinados canabinoides podem ter aplicações médicas extremamente significativas.
No Colorado, onde Charlotte vivia, sua história foi fundamental para mudanças legislativas, permitindo legalmente o uso medicinal de CBD para condições neurológicas específicas. Este marco legal abriu precedentes para discussões similares em diversos estados americanos e até internacionalmente.
Em homenagem à sua história, foi desenvolvida uma empresa, conhecida como "Charlotte's Web", que representa mais do que um tratamento: simboliza esperança para famílias que enfrentavam condições médicas aparentemente sem solução. Sua criação demonstrou como a pesquisa científica e a compaixão podem convergir para desenvolver tratamentos inovadores.
Legado e contribuição científica
Infelizmente, Charlotte Figi faleceu prematuramente em abril de 2020, em decorrência de complicações relacionadas à COVID-19. No entanto, seu legado permanece extremamente pautado.
Sua história catalisou uma revolução na compreensão científica sobre a cannabis medicinal. Pesquisadores passaram a investigar mais profundamente os mecanismos pelos quais canabinoides como o CBD podem atuar no sistema nervoso, especialmente no controle de convulsões refratárias.
Universidades e centros de pesquisa ao redor do mundo começaram a dedicar recursos significativos para entender os potenciais terapêuticos da cannabis. Ensaios clínicos multiplicaram-se, explorando aplicações para epilepsia, dor crônica, ansiedade e diversos outros contextos médicos.
Empresas como a Click Cannabis emergiram neste novo cenário, desenvolvendo um modelo de negócio focado em oferecer soluções acessíveis e seguras para pacientes que necessitam de tratamentos alternativos, não apenas comercializando produtos, mas também desempenhando um papel crucial na educação, orientação e acompanhamento médico, contribuindo para que mais pessoas tenham acesso a tratamento de maneira segura e eficaz.
A Cannabis Medicinal é legal no Brasil?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) permite a importação de medicamentos à base de canabidiol para uso medicinal mediante autorização especial, estabelecendo critérios rígidos para sua utilização. A Resolução RDC nº 660/2022 permite a importação de produtos derivados de cannabis para uso pessoal e o paciente interessado deve obter prescrição médica e a importação ou aquisição pode ser feita mediante processo administrativo junto à ANVISA, que analisa cada caso individualmente.
É importante ressaltar que a comercialização e uso são exclusivamente para fins medicinais, com acompanhamento médico rigoroso.
Além do tratamento médico
A jornada de Charlotte Figi transcende os limites de um caso médico individual. Representa uma narrativa poderosa sobre esperança, resiliência familiar e os potenciais da medicina moderna quando aberta a abordagens inovadoras.
Sua história nos lembra que por trás de cada avanço científico existem histórias humanas profundas. No caso da cannabis medicinal, não se trata apenas de um composto químico, mas da possibilidade de melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas em situações médicas extremamente desafiadoras.
Charlotte transformou o debate sobre cannabis medicinal de um tema controverso para uma discussão fundamentada em evidências científicas e compaixão humana. Seu legado continuará inspirando pesquisadores, médicos e famílias ao redor do mundo.

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Click Cannabis: Dúvidas frequentes
Quem foi Charlotte Figi?
Charlotte Figi foi uma criança americana diagnosticada com síndrome de Dravet, uma forma rara e grave de epilepsia. Sua história tornou-se um marco mundial no tratamento de epilepsia refratária usando cannabis medicinal, especialmente o canabidiol (CBD).
O que é síndrome de Dravet?
A síndrome de Dravet é uma doença neurológica genética caracterizada por convulsões frequentes e graves, geralmente iniciando nos primeiros meses de vida. É considerada uma forma de epilepsia extremamente difícil de tratar com medicamentos convencionais.
Como o CBD ajudou Charlotte Figi?
O canabidiol (CBD) reduziu drasticamente as convulsões de Charlotte, passando de centenas por semana para apenas algumas por mês. O composto age no sistema nervoso sem os efeitos psicoativos do THC, oferecendo alívio significativo para sua condição.
A cannabis medicinal é legal no Brasil?
No Brasil, o uso de cannabis medicinal é regulamentado pela ANVISA, sendo permitido o uso de medicamentos à base de canabinoides mediante prescrição médica e autorização especial.
Quando Charlotte Figi faleceu?
Charlotte Figi faleceu em abril de 2020, possivelmente em decorrência de complicações relacionadas à COVID-19, mas seu legado na pesquisa de cannabis medicinal permanece extremamente significativo.
Como consigo ter acesso ao tratamento com Cannabis Medicinal?
A Click Cannabis oferece um ecossistema completo de suporte para pacientes que buscam tratamento com cannabis medicinal. Indo além da simples comercialização de produtos, proporcionando uma jornada de tratamento segura, legal e eficaz.