- O CBD é uma alternativa terapêutica promissora no tratamento da dependência alcoólica, por atuar de forma moduladora no sistema endocanabinoide e apresentar poucos efeitos colaterais.
- Ele ajuda a reduzir o desejo intenso (craving) pelo álcool, aliviar sintomas de abstinência como ansiedade e irritabilidade, e proteger o cérebro contra os danos causados pelo uso crônico de álcool.
- Diferente dos medicamentos tradicionais (como dissulfiram, naltrexona e acamprosato), que atuam em mecanismos específicos, o CBD tem uma ação mais ampla e equilibradora, inclusive sobre o humor, sono, dor e inflamação.
- Os medicamentos convencionais enfrentam desafios como baixa adesão, efeitos colaterais fortes e eficácia variável entre pacientes. O CBD se destaca por não ter efeitos psicoativos e ser considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde, com baixo risco de dependência.
O que é alcoolismo?
O alcoolismo, também conhecido como Transtorno por Uso de Álcool (TUA), é uma condição médica e um transtorno mental reconhecido por instituições de referência, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a American Psychiatric Association (APA).
Segundo a OMS, a dependência do álcool é definida como uma síndrome caracterizada pelo uso contínuo e compulsivo da substância, mesmo diante de consequências negativas evidentes à saúde física e mental, aos relacionamentos interpessoais, à vida profissional e à estabilidade financeira.
Mais do que um consumo excessivo ocasional, o alcoolismo é considerado um transtorno crônico, progressivo e complexo, que compromete seriamente a qualidade de vida do indivíduo e exige tratamento especializado, contínuo e multidisciplinar.
Quais são os tratamentos contra o alcoolismo?
O Transtorno por Uso de Álcool é frequentemente acompanhado por outros problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e transtornos de personalidade.
Essa comorbidade torna o tratamento da dependência alcoólica mais desafiador, exigindo uma abordagem multidisciplinar e individualizada.
O sucesso no tratamento depende da combinação de diferentes estratégias terapêuticas, conduzidas por uma equipe multiprofissional, que pode incluir médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. Entre as principais abordagens estão:
- Medicação: uso de fármacos como dissulfiram, naltrexona e acamprosato, que atuam na redução do consumo, do prazer associado ao álcool e dos sintomas de abstinência.
- Terapia psicológica: especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), para trabalhar gatilhos, padrões de comportamento e prevenção de recaídas.
- Apoio psicossocial: participação em grupos de ajuda mútua, como Alcoólicos Anônimos (AA), e suporte familiar.
- Internação (quando necessária): em casos graves, pode ser indicada para desintoxicação e tratamento intensivo.
Cada caso exige um plano terapêutico adaptado à realidade e ao histórico do indivíduo, considerando fatores clínicos, emocionais, sociais e comportamentais.
Principais medicamentos usados no tratamento do alcoolismo
O tratamento do alcoolismo, ou Transtorno por Uso de Álcool (TUA), geralmente envolve uma abordagem combinada, que inclui medicação, acompanhamento psicológico e apoio social.
Atualmente, três medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) são utilizados como base nos tratamentos farmacológicos: dissulfiram, naltrexona e acamprosato. Cada um atua em diferentes mecanismos do transtorno:
- Dissulfiram: é um inibidor da enzima acetaldeído desidrogenase, responsável pela metabolização do álcool no organismo. Quando o paciente consome álcool enquanto faz uso do dissulfiram, surgem efeitos adversos intensos, como náuseas, vômitos, taquicardia, sudorese e, em casos graves, convulsões. O objetivo é criar uma aversão ao consumo de bebidas alcoólicas.
- Naltrexona: atua como antagonista dos receptores opioides, bloqueando os efeitos prazerosos provocados pelo álcool. Dessa forma, reduz o desejo (craving), os sentimentos de recompensa e euforia, ajudando na prevenção de recaídas, especialmente em pessoas que associam o álcool a prazer e relaxamento.
- Acamprosato: atua modulando a atividade do neurotransmissor glutamato no cérebro, reduzindo a captação de cálcio induzida por esse neurotransmissor. Isso ajuda a suprimir respostas condicionadas ao álcool e atenuar os sintomas da abstinência, como ansiedade, insônia e irritabilidade.
É fundamental destacar que todos esses medicamentos devem ser utilizados somente com prescrição e acompanhamento médico, dentro de um plano terapêutico personalizado, considerando o perfil clínico e as necessidades específicas de cada paciente.
Desafios no tratamento tradicional do alcoolismo
Apesar dos avanços no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento do alcoolismo, as abordagens tradicionais ainda enfrentam diversas limitações clínicas e sociais, que impactam diretamente a eficácia e a continuidade do cuidado.
Confira os principais desafios:
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Baixa adesão ao tratamento Muitos pacientes interrompem o uso da medicação devido a efeitos colaterais ou à falta de motivação, especialmente quando não recebem acompanhamento psicológico e apoio contínuo.
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Efeitos adversos significativos Fármacos como o dissulfiram podem provocar reações intensas e desagradáveis — como náuseas, sudorese e taquicardia — quando há consumo de álcool, o que pode gerar resistência ao uso.
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Resposta terapêutica variável Nem todos os pacientes respondem da mesma forma aos medicamentos disponíveis, o que exige ajustes constantes no plano de tratamento, muitas vezes por tentativa e erro.
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Foco limitado dos medicamentos A maioria dos fármacos atua apenas em sintomas pontuais, como a abstinência alcoólica ou a redução do desejo (craving), mas não trata as causas emocionais, comportamentais e contextuais da dependência.
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Estigma e barreiras sociais O preconceito em relação ao alcoolismo e à busca por tratamento pode dificultar a procura por ajuda, atrasando o início da intervenção e comprometendo a eficácia do processo terapêutico.
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Dependência de uma abordagem multidisciplinar O tratamento baseado apenas em medicamentos é geralmente insuficiente. A recuperação eficaz exige uma abordagem integrada, que combine intervenção farmacológica, psicoterapia e apoio psicossocial.
Esses desafios evidenciam a importância de explorar estratégias terapêuticas complementares, como o uso do canabidiol (CBD), que pode atuar de forma mais abrangente na regulação emocional, redução da ansiedade e neuroproteção, contribuindo para um plano de tratamento mais completo e personalizado.
O que é Canabidiol (CBD) e qual seu papel no tratamento do alcoolismo?
O canabidiol (CBD) é um dos principais compostos naturais extraídos da planta Cannabis sativa não possui efeitos psicoativos, ou seja, não altera a percepção.
Nos últimos anos, o CBD tem atraído grande atenção da comunidade científica por seus potenciais benefícios terapêuticos, especialmente em condições como ansiedade, insônia, dor crônica, epilepsia e inflamações. Essas propriedades despertaram interesse em sua aplicação complementar no tratamento de transtornos por uso de substâncias, como o alcoolismo.
No contexto do Transtorno por Uso de Álcool (TUA), estudos preliminares indicam que o CBD pode ajudar a reduzir o desejo intenso de consumir álcool (craving), além de aliviar sintomas de abstinência, como ansiedade e irritabilidade, e proteger o cérebro contra os efeitos neurotóxicos do álcool.
Por atuar de maneira diferente dos medicamentos convencionais, o CBD surge como uma alternativa promissora e com baixo risco de efeitos colaterais, oferecendo suporte adicional em uma abordagem terapêutica mais ampla e personalizada.
Como o CBD age no organismo? Entenda o mecanismo do canabidiol
O canabidiol (CBD) atua no organismo humano por meio de um sistema biológico chamado sistema endocanabinoide (SEC), responsável por regular funções essenciais como humor, sono, apetite, memória, dor, inflamação e resposta ao estresse.
Essas áreas são frequentemente impactadas pelo uso abusivo de álcool, o que torna o CBD um potencial aliado no tratamento da dependência alcoólica.
Diferentemente do THC (tetraidrocanabinol), que se liga diretamente aos receptores CB1 e CB2 — especialmente CB1, associado aos efeitos psicoativos —, o CBD não causa alterações na percepção.
Em vez disso, ele atua de forma indireta e moduladora, ajustando a atividade desses receptores para restabelecer o equilíbrio neuroquímico do corpo.
Ação do CBD em outros sistemas além do endocanabinoide
O potencial terapêutico do CBD no alcoolismo também se relaciona à sua capacidade de interagir com outros sistemas importantes no organismo, incluindo:
- Receptores de serotonina (5-HT1A): regulam o humor, a ansiedade e o sono. Essa interação ajuda a explicar os efeitos ansiolíticos do CBD, que podem ser úteis durante a abstinência alcoólica.
- Receptores vaniloides (TRPV1): participam da modulação da dor e da inflamação, contribuindo para o alívio de desconfortos físicos comuns durante o processo de desintoxicação.
- Receptores de adenosina: influenciam o ciclo do sono e a resposta inflamatória, ambos frequentemente afetados em pessoas com transtorno por uso de álcool (TUA).
CBD e homeostase: equilíbrio para o corpo e a mente
O CBD atua como um modulador natural, promovendo o que a ciência chama de homeostase, ou seja, o equilíbrio interno do organismo.
Essa propriedade pode ser especialmente benéfica em tratamentos complementares contra o alcoolismo, ajudando a aliviar sintomas emocionais e físicos, além de proteger o sistema nervoso contra os efeitos nocivos do álcool.
Cannabis medicinal no apoio ao tratamento do alcoolismo
Nos últimos anos, diversos estudos científicos têm explorado o uso terapêutico da cannabis medicinal como coadjuvante no tratamento do Transtorno por Uso de Álcool .
O principal foco dessas pesquisas tem sido o canabidiol (CBD), um dos compostos não psicoativos da planta Cannabis sativa.
Embora o CBD não substitua os tratamentos convencionais, como medicamentos, terapia psicológica e apoio social, ele tem se mostrado promissor em áreas-chave relacionadas à dependência alcoólica, oferecendo suporte complementar ao processo de recuperação:
- Redução da fissura (craving): o CBD pode ajudar a atenuar o desejo intenso de consumir álcool, um dos maiores desafios na prevenção de recaídas.
- Controle da ansiedade e dos sintomas de abstinência: por atuar em receptores ligados ao humor e ao estresse, o CBD contribui para aliviar sintomas comuns durante a interrupção do uso, como irritabilidade, insônia e agitação.
- Neuroproteção: estudos indicam que o CBD pode proteger o cérebro contra os danos neurotóxicos causados pelo uso crônico de álcool, favorecendo a saúde cognitiva.
- Potencial anti-inflamatório e hepático: o CBD possui propriedades anti-inflamatórias e pode contribuir na proteção do fígado — órgão diretamente afetado pelo abuso prolongado do álcool.
Como o CBD se diferencia dos medicamentos tradicionais no combate ao alcoolismo?
A principal diferença entre o canabidiol (CBD) e os medicamentos convencionais utilizados no tratamento do alcoolismo está na forma como atuam no organismo e no perfil de efeitos colaterais.
1. Mecanismo de ação mais amplo e modulador
Os medicamentos convencionais atuam em alvos específicos:
- O dissulfiram provoca reações físicas desagradáveis caso o paciente consuma álcool, funcionando como um agente de aversão;
- A naltrexona bloqueia os efeitos prazerosos do álcool, reduzindo o desejo de beber;
- O acamprosato atua na estabilização do equilíbrio químico cerebral, aliviando sintomas de abstinência.
Já o CBD possui uma ação mais ampla e reguladora, agindo sobre o sistema endocanabinoide e interagindo com outros sistemas neurológicos, como os receptores de serotonina, vaniloides (TRPV1) e adenosina.
Esses sistemas estão diretamente ligados ao humor, sono, dor e inflamação — aspectos frequentemente comprometidos em pessoas com dependência alcoólica.
2. Ausência de efeitos psicoativos
Uma das principais vantagens do canabidiol (CBD) em comparação a certos medicamentos convencionais para o alcoolismo é a ausência de efeitos psicoativos. Ao contrário de substâncias como o THC (tetraidrocanabinol), o CBD não altera a percepção, o humor nem provoca sensação de euforia.
Além disso, muitos medicamentos utilizados no tratamento da dependência alcoólica podem causar efeitos colaterais como sonolência, náuseas, sedação ou desconfortos gastrointestinais, o que pode dificultar a adesão ao tratamento.
3. Potencial neuroprotetor e anti-inflamatório
Entre os benefícios mais promissores do canabidiol (CBD) no contexto da dependência alcoólica está seu potencial neuroprotetor, o que o torna um importante aliado na proteção do cérebro contra os danos neurológicos causados pelo álcool.
O consumo crônico de bebidas alcoólicas pode afetar estruturas cerebrais essenciais, comprometendo funções cognitivas, emocionais e motoras. Nesse cenário, o CBD se destaca por sua capacidade de reduzir o estresse oxidativo e modular a inflamação cerebral, favorecendo a regeneração e a preservação neuronal.
Além do sistema nervoso, o fígado também é um dos órgãos mais prejudicados pelo uso abusivo de álcool. Estudos experimentais sugerem que o CBD possui efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes que podem contribuir para a proteção do fígado, ajudando a minimizar processos inflamatórios e fibroses hepáticas associadas ao alcoolismo.
Diferentemente dos medicamentos convencionais, que se concentram no controle dos sintomas de abstinência e na redução do consumo, o CBD atua como um suporte terapêutico mais amplo, promovendo reparação celular, equilíbrio neuroquímico e benefícios sistêmicos.
Por isso, o CBD como neuroprotetor e agente anti-inflamatório representa uma possibilidade terapêutica relevante e inovadora no tratamento complementar do alcoolismo.
4.Abordagem complementar e integrativa
Diferentemente dos medicamentos convencionais, que atuam diretamente na redução do consumo de álcool ou no controle dos sintomas de abstinência, o canabidiol (CBD) oferece uma abordagem complementar e integrativa.
Seu principal diferencial está na capacidade de promover o bem-estar geral, auxiliando na estabilização emocional, na redução da ansiedade e na melhora da qualidade do sono — aspectos muitas vezes negligenciados nos tratamentos tradicionais.
Esses benefícios são especialmente importantes para a prevenção de recaídas, um dos maiores desafios no tratamento do Transtorno por Uso de Álcool .
Ao contribuir para o equilíbrio mental e emocional do paciente, o CBD pode fortalecer o processo de recuperação e aumentar a eficácia de outras intervenções, como a psicoterapia e o apoio social.
Por isso, o CBD é visto como um aliado terapêutico integrativo, que não substitui os tratamentos convencionais, mas potencializa seus resultados ao cuidar também da dimensão emocional e fisiológica da recuperação.
Como identificar a melhor opção de tratamento?
Assim como existem diferentes formas de tratamento para o alcoolismo, também há uma grande diversidade de perfis entre as pessoas com dependência do álcool.
Por isso, buscar ajuda profissional é o passo mais seguro e eficaz para identificar a gravidade da condição e ser direcionado ao tratamento mais adequado.
Somente uma equipe especializada, composta por médicos, psicólogos e outros profissionais da saúde, é capaz de realizar uma avaliação detalhada e multidisciplinar. Essa avaliação considera diversos fatores, como:
- Padrões de consumo de álcool;
- Histórico clínico e emocional do paciente;
- Possíveis causas associadas, como traumas, transtornos mentais, dores crônicas ou conflitos interpessoais;
- Nível de motivação e suporte familiar disponível.
Isso significa que não existe um tratamento único e universal para todos os casos. O que é eficaz para um paciente pode não ser para outro. Por isso, o sucesso do tratamento depende de um plano terapêutico personalizado, contínuo e ajustado à realidade de cada pessoa.
O que diz a OMS sobre o CBD?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, em um relatório técnico publicado em 2018, que o canabidiol (CBD) é uma substância segura e bem tolerada em seres humanos. Segundo o documento, o CBD não causa dependência, não possui potencial de abuso e não representa riscos significativos à saúde pública.
Essa posição oficial da OMS tem sido fundamental para ampliar o interesse da comunidade científica e médica no uso do CBD como uma alternativa terapêutica segura, especialmente em condições como ansiedade, epilepsia, dor crônica e, mais recentemente, como apoio complementar no tratamento do alcoolismo.
O respaldo da OMS fortalece a credibilidade do CBD e incentiva novos estudos sobre seus efeitos terapêuticos e perfil de segurança, contribuindo para sua integração em protocolos clínicos cada vez mais personalizados e baseados em evidências.
Interações medicamentosas: atenção necessária
Apesar de seu bom perfil de segurança, o CBD pode interagir com alguns medicamentos, especialmente aqueles metabolizados pelo fígado por meio do sistema enzimático CYP450 — o mesmo envolvido na metabolização de diversos fármacos, como antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e anticoagulantes.
Essas interações podem aumentar ou reduzir a eficácia dos medicamentos ou até intensificar seus efeitos colaterais.
Por isso, é fundamental que o uso do CBD seja feito com acompanhamento médico, especialmente em pacientes que já fazem uso contínuo de outros remédios.
Considerações finais
A dependência do álcool é uma condição complexa que afeta não apenas quem consome a substância, mas também impacta profundamente o ambiente familiar, social e profissional ao redor do alcoolista.
Por isso, o tratamento não deve se restringir ao indivíduo, mas envolver também a rede de apoio, especialmente os familiares, que frequentemente sofrem as consequências emocionais e práticas da convivência com a dependência.
Buscar apoio terapêutico familiar é fundamental para compreender a doença, seus sintomas e desafios, além de permitir o desenvolvimento de estratégias mais saudáveis para lidar com a situação.
Com informação, acolhimento e suporte profissional, é possível transformar a dor em um caminho de restauração, cuidado mútuo e recuperação.
A combinação de abordagens clínicas, psicológicas e sociais, aliada a novas alternativas terapêuticas, como o uso do canabidiol (CBD), pode ampliar as possibilidades de sucesso no enfrentamento do alcoolismo, oferecendo uma visão mais integrada e humana do tratamento.

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O que é CBD e como ele pode ajudar no tratamento do alcoolismo?
O CBD (canabidiol) é um composto natural da planta Cannabis sativa, não psicoativo, que tem demonstrado potencial terapêutico no tratamento da dependência alcoólica. Ele atua no sistema endocanabinoide e em outros receptores neurológicos, ajudando a reduzir o desejo por álcool (craving), aliviar sintomas de abstinência e proteger o cérebro contra danos causados pelo consumo crônico.
O CBD substitui os medicamentos tradicionais no tratamento do alcoolismo?
Não. O CBD não substitui os medicamentos convencionais, como dissulfiram, naltrexona ou acamprosato. No entanto, ele pode ser um complemento importante, oferecendo suporte emocional, reduzindo a ansiedade e promovendo equilíbrio neuroquímico, o que favorece a adesão ao tratamento e a prevenção de recaídas.
Como o CBD age no organismo?
O CBD atua principalmente por meio do sistema endocanabinoide, regulando funções como humor, sono, dor e resposta ao estresse. Ele também interage com receptores de serotonina (5-HT1A), vaniloides (TRPV1) e adenosina, promovendo efeitos ansiolíticos, anti-inflamatórios e moduladores que auxiliam no tratamento da dependência alcoólica.
O uso do CBD tem efeitos colaterais?
O CBD é considerado seguro e bem tolerado, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Não causa efeitos psicoativos, dependência ou euforia. No entanto, pode interagir com outros medicamentos metabolizados pelo fígado, por isso seu uso deve ser acompanhado por um profissional de saúde.
Quais os desafios do tratamento convencional do alcoolismo?
Os principais desafios incluem: baixa adesão ao tratamento, efeitos colaterais intensos, resposta variável aos medicamentos, foco limitado nos sintomas e barreiras sociais, como estigmas e falta de suporte familiar.
O CBD é legalizado e reconhecido como seguro?
Sim. A OMS reconheceu oficialmente, em relatório de 2018, que o CBD é seguro, não causa dependência e tem potencial terapêutico. Em diversos países, seu uso médico é regulamentado, inclusive no Brasil, mediante prescrição e autorização da Anvisa.
O CBD pode ser usado por qualquer pessoa com alcoolismo?
Não necessariamente. O uso do CBD deve ser avaliado individualmente por uma equipe médica, que considera o histórico clínico do paciente, uso de outros medicamentos e possíveis interações. O acompanhamento profissional é essencial para garantir eficácia e segurança no tratamento.