- A Síndrome de Dravet é uma epilepsia infantil rara, severa e resistente a tratamentos convencionais, iniciando geralmente no primeiro ano de vida.
- Na maioria dos casos, está relacionada a mutações no gene SCN1A, que comprometem a função dos canais de sódio no cérebro e provocam atividade elétrica desorganizada.
- Envolve convulsões frequentes, intensas e imprevisíveis, além de atraso motor e cognitivo, distúrbios do sono, dificuldades de fala, sinais de autismo, alterações de comportamento e risco aumentado de morte súbita (SUDEP).
- O canabidiol tem se mostrado eficaz na redução das crises epilépticas e na melhora de sono, comportamento e qualidade de vida, sem causar efeitos psicoativos.
Estima-se que a Síndrome de Dravet acometa cerca de 1 a cada 20 mil nascimentos, sendo mais prevalente em meninos. As crises tendem a ser intensas, prolongadas e imprevisíveis, gerando impactos profundos não apenas na saúde da criança, mas também na rotina e no bem-estar de toda a família.
Nos últimos anos, a cannabis medicinal, especialmente o canabidiol (CBD) — um composto não psicoativo da planta cannabis — tem ganhado destaque como uma alternativa terapêutica promissora para o tratamento de epilepsias raras, incluindo a Síndrome de Dravet e a Síndrome de Lennox-Gastaut.
Para entender por que o CBD tem se mostrado tão relevante nesse contexto, é fundamental compreender primeiro as origens da Síndrome de Dravet, suas causas genéticas e como ela afeta o cérebro das crianças.
Qual é a causa da Síndrome de Dravet?
Na maioria dos casos, a Síndrome de Dravet é causada por uma alteração (mutação) em um gene chamado SCN1A. Esse gene tem a função de produzir uma proteína que ajuda os neurônios (as células do cérebro) a se comunicarem corretamente, por meio de sinais elétricos.
Quando esse gene sofre uma mutação, a proteína não funciona como deveria — e isso afeta os “canais de sódio”, que são estruturas responsáveis por controlar a atividade elétrica do cérebro. Com esse mau funcionamento, o cérebro pode enviar sinais desorganizados, o que leva às crises epilépticas intensas e difíceis de controlar.
Em alguns casos mais raros, outras mutações genéticas também podem estar relacionadas à doença. Por isso, exames genéticos são importantes para confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento.
Quais são os sintomas e complicações da Síndrome de Dravet?
Além das convulsões frequentes e intensas, a Síndrome de Dravet pode causar outras dificuldades no desenvolvimento da criança, tanto do ponto de vista neurológico quanto comportamental. Entre os sintomas e complicações mais comuns, estão:
- Atraso no desenvolvimento motor e cognitivo – A criança pode demorar mais para andar, falar ou aprender certas habilidades em comparação com outras da mesma idade;
- Sinais de autismo (TEA) – Algumas crianças apresentam dificuldade de interação social, comportamentos repetitivos ou sensibilidade a estímulos sensoriais;
- Distúrbios do sono – Dificuldade para adormecer ou manter um sono tranquilo durante a noite;
- Problemas de fala e linguagem – A fala pode demorar para se desenvolver ou ser limitada;
- Alterações nos movimentos – Como falta de coordenação (ataxia), tremores ou dificuldade para andar com firmeza;
- Comportamento agitado e dificuldade de atenção – A criança pode ficar muito inquieta, impulsiva ou ter dificuldade para se concentrar;
- Maior risco de SUDEP – Uma condição rara, mas grave, que se refere à morte súbita em pessoas com epilepsia, principalmente quando as crises não estão bem controladas.
Por que o diagnóstico da Dravet ainda é um desafio?
Embora a Síndrome de Dravet tenha sido descrita pela primeira vez nos anos 1970, o diagnóstico ainda é difícil e muitas vezes atrasado. Isso acontece porque, nos estágios iniciais, os sintomas costumam parecer com os de outras formas mais comuns de epilepsia, como a epilepsia febril, que ocorre após episódios de febre em crianças pequenas.
Por causa dessa semelhança, a criança pode receber um diagnóstico errado e começar a usar medicamentos que não são indicados para quem tem Dravet. Pior ainda, alguns desses remédios podem agravar o quadro, aumentar a frequência das crises e até colocar a vida do paciente em risco.
É por isso que o reconhecimento precoce dos sinais e o encaminhamento para avaliação com um neurologista especializado são fundamentais. Com um diagnóstico correto, é possível iniciar um tratamento mais adequado e evitar complicações mais graves.
Como a Síndrome de Dravet impacta a vida escolar?
A SD pode ter um impacto significativo na vida escolar da criança, especialmente porque afeta tanto o desenvolvimento neurológico quanto o comportamento. Entre as principais dificuldades enfrentadas no ambiente escolar, estão:
- Déficits de atenção e aprendizado – Muitas crianças com Dravet têm dificuldade de concentração, memorização e assimilação de conteúdos, o que exige adaptações no ritmo e na forma de ensino.
- Atrasos na fala e linguagem – Problemas de comunicação podem dificultar a interação com professores e colegas, além de afetar o desempenho em atividades que envolvem leitura e escrita.
- Alterações motoras – A criança pode ter dificuldades para segurar o lápis, recortar, subir escadas ou acompanhar atividades físicas, o que demanda apoio em atividades práticas.
- Aspectos emocionais e sociais – A criança pode apresentar timidez, isolamento, agitação ou dificuldade em lidar com frustrações, precisando de apoio emocional constante.
É fundamental que a escola esteja preparada para acolher esse aluno com plano pedagógico adaptado e apoio constante da família e equipe escolar.
A Síndrome de Dravet tem cura?
Infelizmente, ela não tem cura, pelo menos até o momento. Trata-se de uma condição genética crônica, o que significa que acompanha a pessoa por toda a vida. Por isso, o acompanhamento médico e terapêutico precisa ser contínuo e permanente.
Apesar disso, existe tratamento. O principal objetivo é controlar as crises epilépticas e oferecer suporte ao desenvolvimento da criança, com terapias que ajudem nas dificuldades motoras, cognitivas, de fala e comportamento.
Como é feito o tratamento?
Como se trata de uma condição complexa, o tratamento da Síndrome de Dravet costuma envolver várias estratégias combinadas, com dois principais objetivos: reduzir as crises epilépticas e estimular o desenvolvimento da criança.
As abordagens mais utilizadas incluem:
- Medicamentos antiepilépticos específicos – Alguns remédios são mais eficazes para controlar as crises em casos de Dravet. O neurologista é quem define a melhor combinação, evitando medicamentos que possam piorar o quadro.
- Dieta cetogênica – É uma dieta especial, rica em gorduras e com pouco carboidrato, que pode ajudar a reduzir a frequência das crises. Deve ser sempre orientada por um médico e acompanhada por um nutricionista.
- Terapias de apoio ao desenvolvimento – A criança pode precisar de acompanhamento com profissionais como:
- Fonoaudiólogo, para estimular a fala e a linguagem;
- Fisioterapeuta, para melhorar os movimentos e a coordenação;
- Terapeuta ocupacional, para desenvolver habilidades do dia a dia;
- Psicólogo, para apoiar o comportamento, o emocional e a interação social.
Essas terapias são essenciais para melhorar a qualidade de vida e oferecer mais autonomia à criança no dia a dia.
Qual o papel do canabidiol (CBD) no tratamento da Síndrome de Dravet?
Nos últimos anos, o canabidiol (CBD) tem ganhado destaque como uma alternativa terapêutica relevante no manejo da Síndrome de Dravet, especialmente nos casos classificados como epilepsia refratária — aqueles em que os tratamentos convencionais não conseguem controlar adequadamente as crises.
O CBD, um dos compostos ativos da planta Cannabis sativa, tem se mostrado eficaz na redução da frequência e intensidade das convulsões, além de contribuir para melhorias no sono, no comportamento e na qualidade de vida de pacientes e familiares.
Ao contrário do tetrahidrocanabinol (THC), o CBD não possui efeitos psicoativos — ou seja, não altera a percepção nem causa euforia, sendo geralmente bem tolerado quando administrado com acompanhamento médico e dosagem adequada.
Quais são as propriedades terapêuticas do CBD?
As propriedades terapêuticas do canabidiol vêm sendo amplamente estudadas em diversas áreas da medicina. As principais, reconhecidas tanto em pesquisas clínicas quanto em relatos observacionais, incluem:
- Antiepiléptica – Reduz a ocorrência e intensidade de crises epilépticas, sendo particularmente eficaz em síndromes de difícil controle, como Dravet e Lennox-Gastaut.
- Ansiolítica – Promove um efeito calmante, auxiliando no controle de ansiedade, estresse e distúrbios emocionais, sem causar sedação intensa.
- Anti-inflamatória – Atua na modulação do sistema imune e na redução de processos inflamatórios, útil em doenças autoimunes e inflamatórias crônicas.
- Analgésica – Alivia dores crônicas, especialmente aquelas associadas a inflamação ou lesão neurológica.
- Neuroprotetora – Contribui para a proteção das células nervosas, sendo estudado como agente complementar no tratamento de Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla.
- Antipsicótica – Apresenta potencial para reduzir sintomas psicóticos, com menor risco de efeitos colaterais em comparação aos antipsicóticos convencionais.
Na prática clínica, os efeitos do CBD nessa síndrome têm ido além da redução das crises epilépticas, impactando também outras áreas do desenvolvimento da criança.
Como o CBD age no cérebro de crianças com Dravet?
O canabidiol (CBD) atua por meio do sistema endocanabinoide, um conjunto de receptores presentes em todo o corpo, especialmente no cérebro. Esse sistema tem papel fundamental na regulação de funções essenciais, como sono, apetite, dor, humor, inflamação e atividade elétrica cerebral.
Nas crianças com Síndrome de Dravet, que enfrentam crises epilépticas intensas e de difícil controle, o cérebro apresenta alterações na atividade elétrica neuronal, resultantes, em muitos casos, de mutações genéticas que afetam o funcionamento dos canais de sódio (como o gene SCN1A).
O CBD não age diretamente sobre os canais de sódio, mas exerce um efeito modulador sobre a excitabilidade neuronal, ajudando a:
- Reduzir a hiperatividade elétrica dos neurônios — diminuindo a propensão às crises convulsivas;
- Estabilizar a comunicação entre as células nervosas, prevenindo descargas elétricas anormais que desencadeiam as crises;
- Atuar como neuroprotetor, ajudando a proteger o tecido cerebral contra danos provocados por convulsões frequentes;
- Modular a liberação de neurotransmissores, equilibrando sistemas excitatórios e inibitórios no cérebro.
Além dos efeitos anticonvulsivantes, o CBD também tem demonstrado impacto positivo sobre sono, irritabilidade, atenção e comportamento social, o que pode beneficiar aspectos mais amplos do desenvolvimento da criança.
O que torna o CBD diferente dos tratamentos convencionais?
A principal vantagem do canabidiol está em seu perfil de segurança e na eficácia em casos de difícil controle, especialmente quando os medicamentos tradicionais não conseguem oferecer os resultados esperados.
Diferente de muitos anticonvulsivantes, que podem provocar sedação intensa, alterações comportamentais ou prejuízos cognitivos, o CBD tem demonstrado a capacidade de reduzir as crises epilépticas sem comprometer o estado de alerta ou o desenvolvimento neurológico da criança.
O CBD causa efeitos colaterais? Quais são os principais em crianças?
Sim. Embora o canabidiol (CBD) seja geralmente bem tolerado por crianças, especialmente quando usado com prescrição médica e acompanhamento profissional, ele pode causar efeitos colaterais leves, principalmente no início do tratamento ou durante o ajuste de dose.
Os efeitos adversos mais frequentemente relatados incluem:
- Sonolência ou sedação leve – comum nos primeiros dias de uso, podendo ser útil em casos com distúrbios do sono. Se excessiva, o médico pode ajustar a dose;
- Diarreia leve – costuma surgir nas primeiras semanas e tende a desaparecer à medida que o organismo se adapta ao CBD;
- Alterações no apetite – algumas crianças podem apresentar aumento ou redução do apetite, com variações conforme a resposta individual;
- Fadiga ou cansaço – pode ocorrer nos estágios iniciais do tratamento, mas geralmente é transitório.
Além desses efeitos, é fundamental destacar que a qualidade do produto é determinante para a segurança do tratamento.
Produtos não regulamentados ou de procedência duvidosa podem conter contaminantes, como THC (composto psicoativo da cannabis), solventes ou metais pesados — o que aumenta os riscos, especialmente em crianças.
Por isso, o uso de CBD deve ocorrer exclusivamente com prescrição médica, utilizando produtos autorizados por órgãos de vigilância sanitária, como a Anvisa no Brasil, e dentro de um plano terapêutico supervisionado.
Com esse cuidado, o tratamento tende a ser seguro e bem tolerado, com efeitos colaterais leves e manejáveis.
O CBD realmente reduz as crises epilépticas? O que dizem os primeiros estudos clínicos?
Sim. Diversos estudos clínicos demonstram que o canabidiol (CBD) pode ser altamente eficaz na redução das crises epilépticas em crianças com epilepsias de difícil controle, como a Síndrome de Dravet.
Além de diminuir a frequência das convulsões, o CBD também tem mostrado benefícios adicionais, como melhora no sono, na atenção, na interação social e no bem-estar geral da criança, o que contribui positivamente para seu desenvolvimento.
Um dos marcos mais importantes nesse campo foi um estudo publicado em 2017 no periódico científico New England Journal of Medicine. A pesquisa envolveu 120 crianças e adolescentes com Síndrome de Dravet, acompanhados ao longo de 14 semanas. Os resultados foram expressivos:
- Houve uma redução média de 39% nas crises convulsivas no grupo que usou CBD;
- No grupo que recebeu placebo, a redução foi de apenas 13%;
- 5% dos pacientes tratados com CBD ficaram completamente sem crises durante o período do estudo.
Esse foi o primeiro estudo clínico randomizado e controlado a comprovar cientificamente a eficácia do CBD no tratamento da Síndrome de Dravet, abrindo caminho para sua aprovação por agências reguladoras e adoção na prática médica.
O CBD continua eficaz com o uso prolongado?
Sim. Estudos mostram que o canabidiol (CBD) mantém sua eficácia mesmo após meses ou anos de uso contínuo, especialmente em crianças com epilepsias raras, como a Síndrome de Dravet.
Um exemplo disso é o estudo de extensão aberto GWPCARE5, que acompanhou pacientes com Síndrome de Dravet por até 96 semanas. Os resultados indicaram que a redução nas crises epilépticas observada nas fases iniciais do tratamento foi sustentada ao longo do tempo, sem perda significativa da eficácia.
Além disso:
- Os efeitos colaterais permaneceram leves e controláveis;
- Muitos pais relataram melhorias contínuas no sono, na atenção, no humor e no comportamento das crianças;
- Houve um impacto positivo direto na qualidade de vida da família como um todo.
Esses dados sugerem que, ao contrário de alguns medicamentos que perdem o efeito com o tempo, o CBD pode continuar oferecendo benefícios duradouros .
As revisões científicas confirmam a eficácia e a segurança do CBD?
Sim. Entre os anos de 2020 e 2023, diversas revisões sistemáticas e metanálises — publicadas em periódicos de alta credibilidade científica como The Lancet Neurology, Frontiers in Neurology e Cochrane Reviews — reuniram e analisaram os resultados de estudos clínicos com crianças diagnosticadas com epilepsias raras, principalmente a Síndrome de Dravet.
Essas revisões representam o mais alto nível de evidência científica, pois compilam dados de múltiplos ensaios clínicos, avaliando a eficácia, segurança e impacto do tratamento com canabidiol (CBD). Os principais achados foram:
- Redução significativa nas crises: Em grande parte dos pacientes analisados, o uso do CBD resultou em redução superior a 50% na frequência das crises convulsivas. Em alguns casos, essa redução foi ainda mais expressiva, levando inclusive à ausência total de crises por períodos prolongados.
- Melhora na qualidade de vida: Além do controle das crises, houve relatos consistentes de melhora no sono, na atenção, no comportamento social e na interação com o ambiente.Isso refletiu também na qualidade de vida dos cuidadores e familiares, que relataram menor sobrecarga emocional e maior estabilidade no cotidiano.
- Segurança e tolerabilidade: Os efeitos colaterais mais comuns do CBD foram considerados leves a moderados, como sonolência e alterações gastrointestinais, sendo geralmente reversíveis com ajustes de dose.
Considerações finais
O canabidiol (CBD) representa uma revolução no cuidado de crianças com epilepsias refratárias, especialmente na Síndrome de Dravet — uma das formas mais graves e desafiadoras da doença. Ao lado de tratamentos tradicionais e intervenções multidisciplinares, o CBD surge como uma alternativa terapêutica eficaz, segura e respaldada por evidências científicas consistentes.
Mais do que um composto natural, o CBD tornou-se um recurso terapêutico relevante para famílias que, por muito tempo, enfrentaram a angústia de tratamentos sem resposta.
Com o avanço da ciência, o apoio das autoridades de saúde como a Anvisa, a OMS e a FDA, e o acompanhamento médico adequado, essa esperança se transforma em resultados concretos.
Em um cenário onde cada avanço representa uma conquista para o desenvolvimento e bem-estar da criança, o CBD mostra que é possível trilhar um caminho mais leve, seguro e promissor no tratamento das epilepsias raras na infância.

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O que é a Síndrome de Dravet?
A Síndrome de Dravet é uma forma rara e grave de epilepsia que começa na infância, geralmente no primeiro ano de vida. Caracteriza-se por convulsões frequentes e difíceis de controlar, comprometendo o desenvolvimento neurológico da criança.
Quais são os sintomas mais comuns da Síndrome de Dravet?
Os principais sintomas incluem convulsões intensas, atraso motor e cognitivo, dificuldades na fala e linguagem, sinais de autismo, distúrbios do sono, agitação, falta de atenção e risco aumentado de morte súbita (SUDEP).
Qual é a causa da Síndrome de Dravet?
Na maioria dos casos, a síndrome é causada por uma mutação no gene SCN1A, que afeta os canais de sódio responsáveis pela transmissão dos sinais elétricos no cérebro, resultando em crises epilépticas.
Como é feito o diagnóstico da Síndrome de Dravet?
O diagnóstico é clínico, com base nos sintomas e histórico da criança, e pode ser confirmado com exames genéticos. O diagnóstico precoce é essencial para evitar o uso de medicamentos inadequados que podem agravar as crises.
A Síndrome de Dravet tem cura?
Não. A Síndrome de Dravet é uma condição genética crônica, ou seja, sem cura. No entanto, é possível controlar os sintomas com tratamento contínuo e acompanhamento multidisciplinar.
Quais são os tratamentos convencionais para a Síndrome de Dravet?
O tratamento inclui medicamentos antiepilépticos específicos, dieta cetogênica (sob orientação médica) e terapias complementares como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e apoio psicológico.
O que é o canabidiol (CBD) e como ele ajuda no tratamento da Síndrome de Dravet?
O CBD é um composto não psicoativo da cannabis que tem se mostrado eficaz na redução da frequência e intensidade das crises epilépticas em casos refratários, como a Síndrome de Dravet. Ele também melhora o sono, o comportamento e a qualidade de vida.
O CBD tem efeitos colaterais em crianças com Dravet?
Sim, mas geralmente são leves. Os mais comuns incluem sonolência, diarreia, alterações no apetite e fadiga, principalmente no início do tratamento. É essencial usar produtos de qualidade e com prescrição médica.
O uso prolongado de CBD continua sendo eficaz?
Sim. Estudos clínicos indicam que o CBD mantém sua eficácia mesmo após anos de uso contínuo, com melhora sustentada nas crises e na qualidade de vida das crianças e seus familiares.
O CBD pode substituir os medicamentos antiepilépticos tradicionais?
O CBD não substitui, mas complementa o tratamento tradicional. Ele deve ser incluído em um plano terapêutico supervisionado por um neurologista especializado, com acompanhamento contínuo.